Como eu previra, o Flamengo chegou em 5º e, a exemplo do Fluzão, o 14º, conseguiu uma suada vaga na Copa Sul-Americana do ano que vem na última rodada.
Como forma de desvalorizar a única competição internacional que disputarão ano que vem e tentar encontrar algo para comemorar em ficar 10 posições à frente do Fluzão e não chegar a lugar nenhum, tenho visto convivas deste blog já se justificando e detonando o critério técnico de classificação para o referido torneio.
Ora, se formos seguir a lógica do menosprezao, então comecemos a desconsiderar todos os títulos da Copa Mercosul, que contava em seus participantes com times que não tinham chegado sequer entre os 10 primeiros colocados dos nacionais (o critério era convite e "tradição").
Também podemos menosprezar todas as Supercopas da Libertadores, que, em suas fileiras, tinham sempre a participação do Estudiantes, então integrante da Segunda Divisão argentina. Ou de outras equipes, como o Argentinos Juniors, que, no ano anterior, não figurava nem entre os 15 primeiros do campeonato argentino. Ou, ainda, em 1992, do Grêmio, que havia sido rebaixado para a segundona brasileira em 1991.
Podemos também anular as Libertadores de 2005 e 2006, já que dela participaram equipes que penavam para se manter na segundona brasileira (Santo André e Paulista). Considerando que, segundo li aqui, "não dá para levar a sério uma competição em que o décimo-terceiro é classificado", então não podemos levar a sério um torneio que dá brecha para que equipes da Segunda Divisão joguem.
Podemos também excluir da lista de títulos comemorados a Copa União de 1987 (ou seria o Brasileirão?), que, entre seus 16 participantes, incluía o "Coritiba", 44º colocado do campeonato de 1986. "Não dá para levar a sério uma competição que classifica o 44º colocado do ano anterior". E que não classificou o 2º (Guarani) e o 3º (América-RJ).
Então, para quem acha que a Copa da UEFA e seus 122 times (incluindo aí o oitavo colocado da Romênia, o sétimo da Eslováquia e o vice-campeão do torneio de rua de San Marino) são o cúmulo da perfeição e justiça no futebol europeu, vai a dica: joguem com os reservas a Sul-Americana do ano que vem. Não entrem em campo, para não atrapalhar os planos no campeonato brasileiro - onde, com certeza, suas equipes disputarão o título até a última rodada. Se possível, abram mão da vaga, para que o décimo-quinto e o décimo-sexto também joguem o torneio. E, caso dêem o azar de um dia ganharem a competição, tenham a dignidade de não comemorar o título. Não vale a pena, né?
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