Bra x Ga

Brasília é a única capital entre os países campeões do mundo cujo futebol profissional não arrasta multidões. Paris, Roma, Buenos Aires, Berlim, Montevideo, Londres e até as capitais dos países que nunca ganharam p*rra nenhuma tem mais futebol do que este quadrilátero federativo de onde escreve este textículo.

Tá, tudo bem!

Quando mandaram fazer esse avião no meio do nada, havia mais de 60 ou 70 anos que a bola rolava pelos gramados no planeta e a própria Seleção Brasileira já tinha levantado uma taça Jules Rimet. Depois de pronta, a cidade teve que ser povoada porque ninguém morava perto daqui.

Quem veio de centros onde o futebol já era evoluído influenciou na decisão dos coleguinhas na hora de escolher o time do coração. Somado, obviamente, ao desempenho do clube na época da decisão.

Para piorar a situação do futebol do DF, não existe um clube sequer que seja consolidado como uma instituição. São times de um homem só. Se o dono do Brasiliense e do Gama morrerem ou simplesmente perderem a paciência com o "invstimento", não tem mais nenhum sinal de futebol profissional de alto nível na capital.

No fundo, eles (os donos dos clubes) nem querem envolver multidões, porque o esporte serve como fachada para negócios escusos. Quanto menos visibilidade, melhor para justificar a grana de origem, no mínimo, duvidosa.

É por isso que Brasiliense e Gama fazem o primeiro clássico local do ano neste sábado, às 16h, no Mané Garrincha. É o Bra x Ga. Nada mais que três mil pessoas pagarão ingressos para acompanhar à partida.

Eu sou uma delas...