"... como todos os grandes times de futebol, a seleção de 58 superava a falsa dicotomia entre eficiência e beleza, entre arte e competitividade. jogamos bonito e vencemos, de uma maneira tão categórica como só voltaria a acontecer em 1970.
perseguir esse feixe de utopias - dialogar com o mundo sem nenhuma inferioridade, conciliar o feijão e o sonho, dar ao homem comum a possibilidade de tocar o céu - é o que leva muitos de nós a insistir no futebol como espetáculo, forma de lazer, meio de expressão, a despeito da politicagem, do marketing exacerbado, das infinitas formas de corrupção.
há no futebol um fio invisível e indizível que conecta a pelada sem testemunhas no campinho de bairro e a final de uma copa do mundo vista por bilhões de pessoas. cada jogo atualiza, como a enésima repetição de um rito, esse desejo insaciável de felicidade e plenitude. ..."
(trecho da coluna de josé geraldo couto, hoje na folha)
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