quarta-feira, 4 de junho de 2008

Tranqüilidade? Faz-me rir!!!

Não estou conseguindo trabalhar direito. Desde a quarta-feira da semana passada, essa sensação crônica de ausência de capacidade de relaxamento - para descrever de uma forma tosca, mas simples - só vem aumentando até atingir níveis crônicos.

Eu não moro no Rio de Janeiro. Isso é bom em alguns aspectos (poucos, confesso), mas muito ruim em outros. A logística para conseguir assistir a um espetáculo esportivo como o de hoje à noite (invariavelmente em uma noite de dia semana) é cruel. Muita coisa pode dar errado. Trabalho aqui, em Brasília, até às 14h45. Tenho um vôo às 16h. Se não atrasar, devo chegar lá no Rio perto de 18h. Se atrasar uma horinha, fudeu.

Chegando ao Rio, ainda terei que encontrar uma amiga que mora no Leblon (longe) para pegar os ingressos comprados de um cambista profissional por telefone. Calculo que levarei no minimo hora e meia para isso, visto que aterrisarei na Cidade Maravilhosa na hora do rush. Já será perto de 20h. Em tese, passo em Copacabana na volta para deixar minha mochila - o que pode ser evitado em caso de emergência. Depois pego o metrô rumo ao Maraca - mais uma hora.

Uma vez no Maior do Mundo, terei de torcer muito para que meus ingressos não sejam do mesmo naipe que meu conviva Scartezini comprou para o show do Rolling Stones em Buenos Aires. Somente quando adentrar o monumental estádio, ficarei tranqüilo.

Eu disse tranqüilo? Patavinhas. O frio na barriga só tá crescendo. Por mais otimista que eu fosse, não imaginava ir tão longe e com tanta força na Libertadores. Tenho muito motivo para crer no sucesso do Fluzão contra o Boca hoje, mas a competição é traiçoeira e o time argentino, desnecessário dizer, é o grande favorito. Ou, pelo menos, o time a ser batido.

A distância entre estar numa final de Libertadores (com boas chances de ganhar da LDU) e uma eliminação dramática no Maracanã lotado (de quebra acordando na lanterna da única competição que restaria para disputar até o final do ano) é muito, muito pequena. Quase imperceptível. Mas todo sacrifício vale. Estar lá nesse momento especial já terá sido marcante para mim. Ganhando ou perdendo.

Atenciosamente,

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