sexta-feira, 4 de julho de 2008

Carta ao amigo Felipe Campbell

Amigo Felipe Campbell,
Tu sabes: és meu amigo há muito tempo. Pra ser mais exato, desde o início dos anos noventa, quando logramos êxito no mesmo exame vestibular para a UNB. Também tens conhecimento que sinto uma sincera admiração por tua pessoa, e se não nos encontramos mais, é porque os afazeres da vida adulta já não nos permitem mais os arroubos da juventude.
Mesmo assim, tens consciência que podes contar comigo para todas as ocasiões que te sentires sozinho, desalentado, marcambúzio ou sorumbático.
Soube, por outras línguas, que passas por um momento sórdido, mas não sei de teus motivos. Tudo o que ouvi dizer de terceiras pessoas é que estás abatido, sôfrego, resfolegado e azinavrado. Contam que perdeu o apetite e que andas a beber.
Portanto, é munido deste sentimento de inteiro desprendimento e sincero espírito autrísta que te ofereço o que de melhor posso te dar neste momento difícil:

Toma! Fica contigo! Não me devolvas! É tua!

De nada.

Fábio

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