Soltou o verbo...

Thiago Neves: 'Fizeram uma sacanagem comigo'

Apoiador solta o verbo contra dirigentes do Hamburgo (ALE) e afirma que no Brasil só joga pelo Fluminense

Caio Areosa
RIO DE JANEIRO

Leandro Dias
RIO DE JANEIRO

Em entrevista exclusiva à Rádio LANCE! (Clique e ouça) , o apoiador Thiago Neves demonstrou toda a sua mágoa e revolta por não ter sido liberado pelo Hamburgo (ALE). A negociação para a venda dele para o Al Hilal (ARA) estava praticamente sacramentada, mas o clube alemão resolveu voltar atrás. Assim, o retorno dele ao Fluminense não acontecerá, pelo menos neste primeiro semestre.

A NEGOCIAÇÃO
Hoje tivemos uma reunião com presidente, diretores, treinador e pedi para que eles me liberassem, implorei, mas falaram que tinham planos para mim na reta final da Bundesliga. Fico chateado, pois estava tudo certo, acertaram tudo com o Léo Rabelo. Ele veio para cá e ficou igual a um bobo aqui. Mas a vontade de voltar para o Fluminense continua a mesma e vamos ver se no meio do ano a gente consegue brigar para vestir a camisa tricolor.

MÁGOA
Trataram meu empresário como se fosse uma criança. Foi uma sacanagem que fizeram com o Léo. Também foi uma sacanagem comigo. Primeiro, estavam me negociando sem me comunicar. Agora tem mais essa notícia. O presidente mandou um papel para o Léo aceitando tudo e agora eles voltam atrás. Tinha certeza de que voltando para o Fluminense, chegaria à Seleção. Aqui não tenho muitas chances. Agora é torcer para chegar no meio do ano rápido.

DESMOTIVAÇÃO
Depois de tudo que aconteceu não tenho motivação nenhuma pra jogar mais, vontade nenhuma. Pedi para o presidente me liberar, porque senão iria ficar aqui recebendo meu salário e treinando. Não ía fazer nada de errado, vou continuar sendo o jogador disciplinado que venho sendo, mas sem vontade de jogar. Mas é isso que ele quer. Ele falou que quer que eu fique aqui triste e desanimado, mas que fique até o meio do ano e aí eu não posso fazer nada.

ESPERANÇA
Tenho esperança. Enquanto não fechar essa janela, vou estar sempre na esperança. Quero voltar ao Brasil, quero voltar a vestir a camisa do Fluminense. Vamos ver se isso acaba acontecendo. Mas eu acho um pouco difícil.

AMOR PELO FLUMINENSE
No Brasil, só jogo pelo Fluminense, pelo carinho que eu tenho pelo clube. Aprendi a amar esse clube. Tenho carinho pelo Celso Barros (presidente da Unimed, patrocinadora do clube), que é uma pessoa fenomenal, pelos jogadores que ficaram e a torcida também. Não penso em voltar para outros clubes. Já me falaram em Internacional, mas na minha cabeça só volto para o Fluminense.