Sei que o Reverendo e o Comendador me cobraram uma postura de torcedor ufanista, provocando e desafiando o rival. Mas antes de torcedor, sou jornalista e, com perdão da falsa modéstia, entendo um pouco de futebol. Por isso, não valia a pena fazer oba-oba em torno deste time do Fluminense. Logo, a derrota de hoje não foi por falta de aviso.
Dos comentários que lancei neste blog no pré-jogo contra o Botafogo, em apenas um eu "queimei a língua". Foi quando acreditei que o Leandro Amaral renderia alguma coisa tendo Everton Santos e Thiago Neves como companheiros na frente. O ex-vascaíno nada fez, novamente. Na verdade só saiu jogando porque o Maicon ainda estava machucado. Ainda pagou vexa de ser substituído pelo "bonde" Roger aos 33 do segundo tempo.
No mais, foi tudo conforme o escrito. O time do René Simões não tem laterais mesmo. Na direita, Mariano foi menos ineficiente. Mas foi de uma saída bisonha dele, perdendo a bola na intermediária tricolor, que nasceu o contra-ataque e o primeiro dos dois escanteios que originaram o gol botafoguense. Fahel, que já fez dois gols assim antes no campeonato (ninguém viu isso, meu Deus?), se antecipou à zaga do Flu e cabeceou certeiro. Quem estava a marcá-lo? O EdCarlos, aquele para quem a diretoria conseguiu efeito suspensivo. Precisava?, perguntei em post publicado no sábado passado.
No outro lado, Leandro abusou de errar passes e cruzamentos. E ainda tomou baile dos atacantes adversários no primeiro tempo. Thiago Neves, outra vez, se destacou no primeiro tempo (menos do que o habitual, pois foi muito bem marcado) e praticamente sumiu de campo no segundo. E Conca, fora duas jogadas isoladas nos primeiros 45 minutos, foi completa nulidade no restante.
Esqueci do Diguinho, que não contente de ser falastrão, estava doido pra "entregar o ouro" no primeiro tempo. Perdeu quatro ou cinco jogadas ridículas no meio-campo. Saiu merecidamente vaiado pelas duas torcidas. A do Botafogo, que sacaneou o cara o tempo inteiro. E a do Flu, impaciente com a péssima atuação.
O Botafogo, que foi melhorzinho na primeira etapa, equilibrada em termos de chances, mereceu a pequena vantagem por ter sido mais organizado. Como já previa, não precisava ser muito brilhante. No segundo tempo decidiu administrar o resultado, não deu um chute ao gol do FH, correu riscos, mas também pouco foi incomodado pelo Flu, que teve três oportunidades no máximo e jogou mais na base do "abafa", sem qualquer estratégia.
Assim, depois de perder duas vezes em 2008 - também nas semifinais da Taça GB e na decisão da Taça Rio -, novamente o Fluminense cai diante do Botafogo. Para felicidade do CM, em sua cruzada anti-Flunimed. Para quem estava praticamente eliminado na fase de classificação, ter chegado às semifinais já foi prêmio para o tricolor. Fazer o quê? Que venha o segundo turno!
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