domingo, 15 de março de 2009

Com toda a modéstia

Podia vir aqui tirar onda, mas confesso: não vi o jogo do Fluminense hoje, não assisti a estreia de Fred. Uma heresia, eu sei, mas aconteceu. A agenda social me fez comparecer a um aniversário (churrascão) no domingo à tarde. A carne atrasou, ninguém na casa estava em clima de futebol e eu, como não tinha muita intimidade com os convivas, não tive a cara de pedir pra ligarem a TV.

Saí da confraternização depois das 17h, quando o duelo estava no início do segundo tempo e o Flu perdia por 1 x 0. "Amarelei" e decidi não correr pra nenhum televisor mais perto. Fui, pasmem, ao supermercado fazer as compras do mês, pois a geladeira de casa já estava pedindo arrego. Meu filho e fiel escudeiro me salvou, ligando (a cobrar) para meu celular a cada gol da reação tricolor: "Fred, pai, de cabeça, empatamos!", "Thiago Neves, um voleio sensacional!", "Fred, de novo, um golaço!". Até minha mãe, botafoguense, ligou do Rio parabenizando pela vitória.

Tive que me contentar com os melhores momentos quatro horas depois. E gostei do que vi. Não somente pela vitória, mas pelo bom volume de jogo demonstrado pelo time. Mais do que isso: pela ousadia do Parreira em lançar o Fluminense todo à frente, no segundo tempo, com quatro jogadores no ataque - Maicon, Everton Santos, Fred e Thiago Neves - e três jogadores na armação - Conca, Marquinhos e Leandro Bomfim. Surpreendente pelo currículo de nosso mestre.

Os 3 x 1 foram dramáticos pelas circunstâncias da partida, pois perdíamos até os 23 do segundo tempo. Mas ao que parece (me corrijam quem viu o jogo todo), o Fluminense dominou, perdeu muitas chances e o Macaé, fora o gol, ameaçou só uma vez o gol do FH. Claro que o adversário não é nenhum parâmetro pra medir forças. Mas já é um bom começo. E Fred, em 90 minutos, já foi tão eficiente quanto a outrora dupla de ataque titular - Roger (2 gols) e Leandro Amaral (zero) - nas cinco partidas iniciais em que atuou.

Como escrevi antes: pior, com certeza, não poderia ficar.

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