domingo, 29 de março de 2009

Xerém também resolve

A vitória do Fluminense por 2 x 1 nem foi tão importante assim para efeito de tabela - o empate já garantiria nossa classificação às semifinais da Taça Rio com duas rodadas de antecedência. Mas valeu pra tirar a "nhaca" de jejum nos clássicos (era uma profusão de empates e algumas derrotas), principalmente contra o Botafogo.

Não vi o todo o jogo de ontem. Pô, quem inventou de marcar futebol em pleno sábado à noite? Assisti o primeiro tempo, chato de doer, em que o Fluminense foi um pouquinho melhor, tomou mais a iniciativa e teve duas boas chances com Thiago Neves - uma delas em linda cobrança de falta e excelente defesa do Renan. Precisei sair para um compromisso e ouvi boa parte da segunda etapa pelo rádio. Naquele momento, o Botafogo parecia bem mais presente em campo com as mexidas promovidas no intervalo por Ney Franco.

Quando cheguei ao meu destino, o alvinegro acabara de abrir o placar, em gol de pênalti sofrido e cobrado por Maicosuel, com direito à humilhante "paradinha". Uma boa hora pra deixar quieto a bola já prevendo nova derrota para o rival, que seria a quinta consecutiva em campeonatos cariocas.

Mas como torcedor não sossega enquanto não sabe o resultado de seu time, esperei uns 20 minutos e acessei a Internet do meu celular pra conferir o que tinha acontecido. Tomei um susto: Flu 2 x 1, 45 minutos do segundo tempo. Conca acabara de marcar o gol da virada. O empate tinha sido do garoto Alan (foto). Menos de cinco minutos depois, meu filho me liga cantando que o Fluminense era o "time da virada". Era a quarta vitória consecutiva depois de sair perdendo por 1 x 0.

De madrugada, já em casa, liguei a TV pra ver o final do GP da Austrália, com incrível dobradinha da estreante Brawn GP - Button em primeiro, Rubinho (com muita sorte nas últimas voltas) em segundo. E, claro, aproveitei para caçar alguma reprise de noticiário. Consegui ver os melhores momentos do jogo e fiquei feliz em perceber que foi a partir das entradas de Maicon e Alan, duas crias de Xerém, que o Flu deu início à virada. Leandro, o lateral, cometeu o pênalti do gol botafoguense. E EdCarlos foi expulso mais uma vez. Os dois não têm condições de serem titulares. A falta que deu origem ao segundo gol foi, no mínimo, duvidosa. Sinceramente acho que houve apenas um choque entre o Juninho e o próprio Conca, que bateu com força e deu sorte. A bola desviou no Fahel e Renan, no campo escorregadio, papou um frango ensopado. No finalzinho, a defesa do Botafogo ainda apelou pra violência, a ponto de chutar jogador caído no gramado. Sem necessidade.

Foi o quarto gol do meia argentino neste campeonato. Curiosidade: todos decretaram a vitória do Fluminense. O primeiro foi marcado diante do Americano, em Campos, naquele pênalti polêmico em cima do FH. O segundo foi contra o Voltaço, no Maracanã. Nas duas partidas, vencemos por 2 x 1. Na terça passada, Conca fez aquele golaço contra o Friburguense, virando a partida pra 2 x 1 (depois, TN faria o terceiro fechando o placar). Ontem, mais uma vez, o baixinho foi decisivo.

Seis jogos na Taça Rio, 100% de aproveitamento. Nada de euforia. O time ainda tem que jogar melhor e com mais velocidade. Ser mais consistente e incisivo. E resolver o problema da saída de bola. Os bons resultados mascaram uma realidade: o tricolor precisa evoluir pra ser campeão. Com o Vasco também ganhando todas (e jogando bem) e o Flamengo em ascensão, a reta final do Carioca promete muitas emoções. É teste pra cardíaco, amigo!

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