sábado, 11 de julho de 2009

flamengo, campeão brazileiro de showbol

foi a vitória do talento, a vitória do fôlego, a vitória da emossão.
uma vitória conquistada no momento exato. nem antes, nem depois. nem muito cedo, nem tarde demais.
o time do flamengo, na noite de ontem, sagrou-se campeão brazileiro de showbol.
o santos, adversário na grande final, entrou como favorito no ginásio poliesportivo de lages. na condição de atual campeão nacional. o desafiante rubro-negro apresentava cartel respeitável: uma trajetória invicta até aquele momento, empilhando vitórias na fase de classificação, à exceção de um único empate, justamente contra o alvinegro praiano.
(na única final entre ambas as equipes até então, no rio-são paulo deste ano, a taça ficara pro santos.)
quando a pelota se pôs a rolar na grama sintética, o invicto flamengo parecia uma pálida recordação de jornadas anteriores. o santos, em verdade, nem precisou de muita aplicação. o maestro axel teve liberdade para conduzir sua equipe a um tranqüilo 4 x 1. quando a vitória dos desafiantes parecia mera suposição matemática, o time lançado às cordas, o fla arrancou dois gols num lampejo e, na pressão, fechou a primeira etapa em antes improváveis 4 x 4.
na volta para o segundo tempo, o santos demonstrou que, se fosse combatido à exaustão, poderia sim envergar. axel e paulo rink, seus dois maiores talentos, pediram água e se permitiram um tempo maior de intervalo. dentro de quadra, no que seria um último suspiro, o santos abriu nova folga no placar, 6 x 4.
foi quando jota baiano, tal qual didi na suécia, tomou a bola em suas mãos e liderou a equipe em uma retumbante reação. cinco gols seguidos. baiano, ele mesmo, marcou um golaço batendo da risca de meio-campo e acertando o ângulo. (“foi uma c*gada”, esclareceria jota, à tevê, logo que encerrada a disputa.) fábio baiano, por duas vezes, e marquinhos (photo) alternaram sucessivas infiltrações pela direita levando - sempre - a belos gols.
a virada heróica foi resolvida em não mais do que três minutos: de 4 x 6 para 9 x 6. e ali acabou o santos.


com a soberania dos legítimos vencedores, o fla conduziu a pelota - macia, macia - pelo tempo que ainda lhe faltava, pouco mais de dez minutos, pouco menos que a eternidade em uma partida de showbol.
o marcador final: 11 x 8.
o arqueiro robertinho, que por pouco não estragou tudo na semifinal diante do palmeiras, fez uma sequência de grandes defesas justamente durante os decisivos minutos da virada flamenguista. cada uma das defesas de robertinho minava as forças rivais e incendiava o povo de lages.
(os caras da tevê se esforçando, a cada gol santista, para focalizar um par de torcedores que se levantava na arquibancada, sacudia dois pompons alvinegros e rapidamente se sentava novamente, a noite não estava para peixe.)
o artilheiro djalminha, autor de vinte gols no certame (!), teve uma atuação discreta na final.
o flamengo do treinador ernesto paulo foi uma equipe de muitos homens, e não de um único jogador.
robertinho, jota baiano, gelson baresi, andre cruz, emerson, renê, fabio baiano, marquinhos, djalminha... e, claro, a figura mais lembrada da noite, o grande goleiro zé carlos. o título foi a ele dedicado.

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