
Passei meu domingo 35 graus em Madri vendo a final de Wimbledon por uma tv pirata na internet. Sabe como é: trava, continua, trava de novo. Mal dá pra ver a bolinha. Quatro horas e uma garrafa e meia de tinto de verano nesse ritmo. Valeu para ver Roger Federer chegar ao recorde absoluto de títulos de Grand Slam. Quinze. Ninguém mais se compara a ele.
O jogo foi daqueles memoráveis. É impressionante como o tenis tem a capacidade de nos premiar com jogos épicos todos os anos, praticamente todos os grandes torneios. E deu pena realmente de Andy Roddick. Sustentando uma desvantagem de 2 x 18 nos confrontos diretos e já dois vice-campeonatos em Londres diante de Federer em 2004 e 2005, o norte-americano foi agressivo o tempo todo, quase perfeito, mas isso não foi suficiente para bater o suiço. Ele merecia muito, mas não deu. No final: 5/7, 7/6, 7/6, 3/6 e 16/14 no set decisivo sem tie-break.
Em meio às dezenas de celebridades do tenis ou não filmadas na arquibancada (Bjorn Borg, Woody Allen, Rod Laver, Alex Ferguson...), Pete Sampras acompanhou o jogo com um sorriso amarelo a maioria do tempo. Coitado, o homem que veria seu recorde ser batido era filmado a cada intervalo, cada ponto perfeito de Federer. Só soltou uma risada de verdade no discurso de vice-campeão de Roddick: "I tried everything, sorry Pete".
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