quinta-feira, 27 de agosto de 2009

a vida passou na janela...

juan maldonado & leonardo moura, até dia desses, eram os principais jogadores do time mais querido do brazil.
eles eram lépidos e insinuantes, armavam o time do flamengo e se lançavam ao ataque como os ponteiros de outrora. tricampeões kariocas de futebol, os dois rapazes foram seguidamente eleitos, em recentes temporadas, entre os melhores de suas posições nos torneios nacionais.
leo moura & juan. heróis da raça. a torcida rubro-negra queria os dois camaradas na seleção brazileira. nada menos que isto: os dois juntos. e d*nga, como sempre, demorou, demorou. mas acabou convocando - cada um na sua vez - para um par de joguinhos insossos.
e assim, meio de repente, alguma cousa qualquer se perdeu. algo aconteceu.
e aqueles jogadores já não eram mais tão eficientes. já não encantavam mais. perderam espaço. d*nga logo deles se esqueceu e assim como chegaram, um de cada vez, ambos se foram do time nacional. sem deixar rastro, nem saudades.
pior. o que era velocidade e tesão virou lerdeza e omissão no flamengo. alternavam partidas boazinhas e partidas péssimas. prendiam demais a pelota, ralentavam a peleja, tiravam o pé, forçavam jogadas, erravam passes, desguarneciam a defesa, armavam contra-ataques para os oponentes. sentavam no gramado a reclamar do juiz, do adversário, do colega de equipe, da pelota.
um deles bateu boca com o preparador físico e com o treinador porque não queria ficar correndo no treino. o outro aparecia nos jornais populares por conta dos ousados cortes de cabelo e das namoradinhas funkeiras. um deles aproveitou o momento mais importante de sua equipe na temporada, a final de um mísero estadual, para dar piti e demonstrar seu precário espírito esportivo. o time foi campeão, mas o camarada já tinha se tornado piada publika. o outro descansou a beleza, se achando bom demais praquilo tudo, tentou ser vendido pro inter de porto alegre, pro cska do zico, pro raioqueoparta.
brigado com o treinador, um deles apareceu machucado num treino qualquer, entrou na faca e não é mais visto. já era vaiado em campo, pela própria torcida, a cada toque na bola. e o outro também passou a ser vaiado pelos seus torcedores. até que ficou chateadinho, por injustiçado que se sentia, e comemorou um gol vagabundo xingando e humilhando sua torcida. depois também se machucou num treino qualquer. e, como o companheiro, saiu de cena sem ser notado.
em outros tempos, nem faz muito, a simples ideia de perder leo & juan instavala o paniko entre a kartolada do flamengo. os dirigentes garantiam que eles não seriam vendidos assim no mais, não. eles eram a alma da equipe. mas perceba que, hoje, ninguém mais toca nesse tema. e o diabo é que a tal "janela de transferencias" fecha na próxima segunda-feira e bem que o flamengo adoraria se livrar de alguns fantasmas e ainda receber uns cobres.

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