sábado, 24 de outubro de 2009

Gritos de guerra refinados

Lendo uma reportagem da versão brasileira da revista FourFourTwo sobre o clássico de maior rivalidade no Irã, entre os azuis do Esteghlal e os vermelhos do Persepolis, descobri que a torcida brasileira tem muito o que aprender com os ensandecidos frequentadores do estádio Azadi, que abrigou 95 mil espectadores no último episódio do clássico. São muçulmanos fanáticos que chegam ao estádio às 5h30 da matina para comprar ingressos, vendidos só no dia da peleja, e já ocupam seus lugares nas arquibancadas, mais de oito horas antes do início do confronto.

Abaixo estão algumas pérolas cantadas e gritadas em coro na arena, segundo a matéria:
"Que suas bolas fiquem presas num nó"
"Eu peido em seus olhos" - minha preferida
"Espero que você chore pelo resto da sua vida"
"Meus pêlos pubianos em seu nariz"
"Posso enxugar meu gozo no seu cabelo"
"Eu urino em seu bigode"
"Eu urino em sua cabeça até fazer espuma"
"Meu cocô é sua geléia"
"Que você seja enfiado na bunda de um mulá" - o que é mulá?
"Meus testículos na sua mão"
"Enfia o cano enferrujado de um caminhão pipa de 18 rodas na bunda do juiz"
"O pau dos torcedores do Esteghlal na mãe de Nikbakht" - em homenagem a Alireza Nikbakht, que teve a infeliz ideia de trocar o time dos azuis pelo dos vermelhos
"Esteghlal só ganha títulos dando a bunda"

Na comparação entre as torcidas brasileira e iraniana, não passamos de dentes de leite.

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