segunda-feira, 9 de novembro de 2009

A matemática é o que importa

Achei linda a festa, tô empolgado com a reação, fico realmente feliz de ver meus amigos tricolores acreditando até o fim, mas realmente ainda é muito difícil escapar.

Os adversários que importam que percam pontos não o fazem. E, pior que isso, já abriram uma boa gordura de forma tal que podem se dar ao luxo de perder uma ou até duas vezes que, mesmo com mais três ou quatro vitórias nossas, é capaz de cairmos.

Não tô reclamando, dizendo que é para jogar a toalha. Apenas estou retomando o post da semana passada - muito mal compreendido, principalmente por amigos tricolores -, de que ao mesmo tempo que é empolgante ver a torcida lotando o estádio e o time reagindo, é triste demais ver com clareza e realidade cada vez inexorável que está muito, muito difícil escapar.

Tipo assim, antes desta rodada, faltavam cinco jogos e estávamos a cinco pontos do 16º. Agora, continuamos a cinco pontos deste time (hoje, o Botafogo) e faltam quatro jogos. Menos tempo para reagir. Claro que, se há três rodadas, o estado era terminal, com morte cerebral e tudo mais (eram sete jogos e precisávamos de seis vitórias e um empate), hoje estamos em coma profundo, com prazo para morrer, mas com alguma esperança mínima (para fugir das contas, só mesmo ganhando as quatro partidas, o que acho que seria um feito que nem o São Paulo teve, então, esqueçamos isso).

A "nota de corte", por assim dizer, deve ser muito mais alta do que se imagina este ano. Acho que Santo André, Náutico e Sport já rodaram. Assim como, pode-se dizer, o Flu. Mas se a reação continuar, Botafogo, Coritiba e Atlético-PR, em situação bem confortável hoje, entrariam no bolo para ver quem jogará a segundona ano que vem.

Hoje, por exemplo, para escapar do rebaixamento sem depender de mais nada, o Botafogo precisaria de mais sete pontos em doze (de forma que o Flu, mesmo que vença todos os jogos, não o alcançaria). O Coritiba precisaira de seis e o Furacão de cinco. Certamente a conta vai diminuir, mas, de novo, olhando a tabela com frieza, acho que os números vão ficar lá em cima.

Eu sou muito realista e cético. Mas se ganharmos do Atlético-PR, na semana que vem, independente dos resultados dos outros times, voltamos à briga. Porque ainda tem um Atlético-PR x Botafogo aí nessas últimas rodadas.

Mas só vou deixar para fazer conta quando tivermos realmente alguma chance concreta de permanecer na primeira. Ao contrário do que dizia o Comendador no ano passado, que afirmava que a matemática não importava (e seu time foi parar onde parou), eu digo e repito: a matemática é, na verdade, a única coisa que importa nas próximas semanas.

É fato que as últimas rodadas nos ajudaram bastante e trouxeram ânimo, tanto pelos resultados como pelo futebol apresentado pelo Fluzão. Mas, desculpem-me de novo os otimistas tricolores amigos que não entenderam meu post da semana passada, a permanência na primeirona ainda (com ênfase no ainda) é um objetivo muito distante.

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