FOLHA - Crítica ainda incomoda?
ROBERTO CARLOS - Hoje já não.
FOLHA - Não mesmo?
ROBERTO CARLOS - Crítica injusta, sim, incomoda. Eu vejo na TV, leio algumas coisas, e acho engraçado. É como eu entrar no teu trabalho e falar que é errado, que tuas perguntas não são boas. Incomoda quando as pessoas criticam a mim, ao Ronaldo, ao Gaúcho, e elogiam Petkovic, estrangeiros.
FOLHA - Por quê?
ROBERTO CARLOS - Porque não valorizam o que temos aqui, o jogador brasileiro. Nós, eu, Cafu, Ronaldo, jogadores que fizemos história na seleção, não entendemos isso.
FOLHA - Vocês conversam?
ROBERTO CARLOS - Muito. A gente faz muita crítica a jornalista. Você liga a televisão e tem um senhor de 80 anos falando sobre futebol moderno.
FOLHA - E o Galvão Bueno?
ROBERTO CARLOS - Não tenho problema nenhum. Só acho que ele não foi correto comigo.
FOLHA - Iria ao programa dele?
ROBERTO CARLOS - No dia que ele não estiver, eu vou. Quando estiver o Cléber Machado ou outro. Ele queria falar comigo na F-1, em Mônaco, e eu não quis. Não conheço o Galvão, não quero criticá-lo. Só acho que foi o inventor de uma história que não existiu.
FOLHA - Está superada a história da meia? É motivo de piada para você?
ROBERTO CARLOS - [Irritado] Piada? Minha mãe é que faz piada pra caramba com isso.
FOLHA - Mas você não parou de se importar com as críticas?
ROBERTO CARLOS - Não é que eu parei de me importar. Mas tento levar com normalidade, com tranquilidade. Você fica velho e começa a ver tudo o que passou, todas as dificuldades, tudo que as pessoas não sabem. Aí a crítica tem menos importância.
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