Para contribuir com a enquete levantada pelo Reverendo, segue matéria analítica (e grande, passível de não ser lida devido à preguiça de leitores como eu) do UOL sobre os novos velhos atacantes que correm contra o tempo para irem à Copa.
28/01/2010
07h00
Por seleção, atacantes da Copa-2006 'debandam' da Europa e buscam recomeçoDo UOL EsporteEm São PauloCom passagens consagradas pela Europa, os quatro atacantes brasileiros que atuaram na Alemanha na Copa do Mundo de 2006 adotaram, curiosamente, uma nova estratégia para assegurarem um lugar na competição que será disputada no meio deste ano na África do Sul. Ronaldo, Adriano, Fred e Robinho optaram por sair da Europa e retornar para o Brasil.
O primeiro a iniciar a 'debandada' foi Ronaldo. Após se recuperar de uma grave lesão sofrida no Milan, o atacante aceitou no final de 2008 o projeto de marketing proposto pelo Corinthians para voltar ao Brasil. A parceria, pelo menos até agora, deu certo: o time alvinegro conquistou dois títulos em 2009 (Campeonato Paulista e Copa do Brasil).
O segundo que voltou para o Brasil foi o atacante Fred, em fevereiro de 2009. Insatisfeito no Lyon, o jogador acabou acertando com o Fluminense, que precisou de um aporte da patrocinadora Unimed para bancar os salários do craque, principal artífice da reação quase improvável no final do Brasileirão-2009 que fez o time carioca evitar o rebaixamento para a Série B.
Dois meses depois de Fred, Adriano forçou a sua saída da Inter de Milão (rescindiu contrato em
março, alegando depressão e querer ‘dar um tempo’ no futebol) e acertou com o Flamengo, onde disse que iria recuperar a sua alegria de jogar. Resultado: a parceria rendeu o título da última edição do Campeonato Brasileiro com uma arrancada no segundo turno.
O último que está bem próximo de retornar ao Brasil é Robinho. E pelos mesmos motivos dos três primeiros: insatisfação na Europa e retomar o prazer de jogar futebol no Brasil para garantir uma vaga na seleção brasileira da Copa do Mundo. E para o jogador, o retorno será especial, pois o escolhido (Santos) foi o clube que o revelou.
Os três sabem mesmo que brigam por no máximo três vagas para o Mundial da África, já que o único atacante garantido é Luís Fabiano, do Sevilla. Robinho também estava neste patamar pela confiança que o técnico Dunga sempre depositou nele, mas caiu muito de produção e passou a ser questionado pela opinião pública.
Por sempre ter sido o símbolo da Era Dunga, Robinho ainda está a frente dos seus principais ‘rivais’ na disputa. Por ter ido bem nas eliminatórias sul-americanas, Adriano também está bem cotado. O treinador da seleção já avisou que Ronaldo não precisa ser testado, então o Fenômeno precisa fazer um ótimo primeiro semestre para ir para a Copa. Fred por sua vez, corre por fora, por ter sido poucas vezes convocado pelo treinador.
Mas o quarteto tem uma concorrente muito forte pelas três vagas: o atacante Nilmar, do Villarreal, fez sete dos últimos nove gols da seleção brasileira, e terminou como o vice-artilheiro na temporada – com oito, só perdeu para Luis Fabiano com 11.
Quando anunciou os jogadores que disputaram o prêmio Craque Brasileirão 2009, Dunga deu a entender que premiará com vaga na Copa do Mundo aqueles que melhor desempenharam sua função durante o tempo que ele esteve a frente da seleção brasileira. O treinador disse na época que não é somente o talento que vai ser levado em conta.
"Nosso trabalho já tem três anos e meio. Então, não vai ser no último segundo que nós vamos escolher quem vai ou não", declarou. "Nós conhecemos bem esses jogadores, mas também conhecemos muito bem aqueles que já estão com a gente. Observamos a regularidade com que trabalham, o comportamento, a tomada de atitude, e isso não vai ser modificado agora", complementou.
"Eu e a comissão técnica estamos satisfeitos porque agora não somos nós que cobramos, são os próprios jogadores que se colocam. Estar na seleção não é mais apenas uma questão técnica. Agora tem que ter um comportamento correto, senão o time não aceita".
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