Amo futebol! Ponto. Mas sou realista, sempre fui. E, imagino, sei colocar as coisas em seus devidos lugares. Nariz-de-cera feito, vamos ao que interessa: o Santos é hoje o melhor time brasileiro. Clichê? Não. Constatação. Vi alguns jogos pela tv e domingo último fui ao Morumbi ver a primeira partida da semifinal do Paulistão.
O Santos joga hoje o fino da bola. Faz o que quer, a hora que quer. Tá, tem uma zaga de qualidade duvidosa e um goleiro que, se já dá mostras de qualidade, ainda precisa provar a que veio. Mas o Santos pegou o São Paulo domingo e flanou em campo. Jogou um primeiro tempo esplendoroso. Meteu 2 x 0 com facilidade. No segundo, com um a mais, deixou-se levar pela soberba (o que, convenhamos, acomete todos os grandes escretes vez ou outra) e o tricolor empatou. Bastou para acordar o Santos, que foi lá e anotou mais umzinho e ficou tranquilo para decidir em casa a vaguinha na final.
E ontem? Ah, ontem nem tomou conhecimento. Não vi o jogo, fiz questão de não ver. Fui bater minha peladinha sagrada de quarta-feira e deixei o pepino nas mãos do Waguinho. Eu é que não ia ficar sofrendo em frente à tv já sabendo de antemão que era jogo pra série do Tom Cruise.
Saí da pelada, na qual, diga-se, tive mais um daqueles desempenhos brilhantes de sempre, e liguei o radinho do meu Mille, o Broca (porque quem gosta de motorzinho é dentista). 6 x 0 pro Santos. Desliguei o proseador e fui pra casa. Fui ver o Placar da Rodada e resultado: 8 x 1 pro Peixe. Ou seria Tubarão? Porque, afinal, engoliram a gente sem nem mastigar!!!
Mas isso tudo não me surpreende. Como disse lá no nariz-de-cera, sou realista. O Guarani já é um catadão há muito tempo, um amontoado de jogadores. Não revelamos mais ninguém, não seguramos mais nenhum jogador razoávelzinho (Renatinho, Elano, Edu Dracena, Jonas, Alex, Deyvid Sacone... só para citar os mais recentes).
Ninguém sabe explicar, até hoje, como é que um time montado (sic) uma semana antes de começar a Série B do Brasileirão do ano passado ficou o tempo todo entre os quatro primeiros e foi vice. Explicar como não subiu para a A-1 do Paulista é fácil: foi o mesmo Guarani que há sete anos vem se envergonhando pelos gramados brasileiros.
Por um lado ontem foi bom: essa auto-intitulada diretoria pode constatar que não temos time para a Série A. Se forem esses pseudo-jogadores, ali pela 10ª rodada já teremos nosso rerererererererebaixamento decretado.
Demorei para me encontrar hoje e reaprender a seguência das teclas pra poder escrever essas linhas pra vocês. Mas a verdade eu não desaprendi. O Guarani é hoje um time pequeno, sem mais nenhuma glória ou alguma chance de conquistar qualquer coisa. Resta sonhar com a volta aos áureos tempos, em que os chamados times grandes poupavam jogadores não em Campinas, como fará o Santos, mas sim para ir ao Brinco de Ouro. Lá o bicho pegava!
Nenhum comentário:
Postar um comentário