sexta-feira, 4 de junho de 2010

Abertura da Copa 2014 está nas mãos do São Paulo

Decisão deve sair em reunião na próxima terça 8/6

Rodrigo Prada - São Paulo

As reformas que precisam ser feitas no estádio do Morumbi para atender às exigências da Fifa foram orçadas em 630 milhões, conforme adiantou em primeira mão o Portal 2014 (http://www.copa2014.org.br/blog/tira-teima/?p=160). O aumento em mais de três vezes do valor esperado pelo São Paulo e a inevitável interdição do estádio para as reformas caiu como uma bomba na sala da diretoria do Tricolor Paulista. O presidente Lula, o governador Alberto Goldman e o prefeito Gilberto Kassab dizem e reafirmam que a abertura deve acontecer no Morumbi. Ou seja, a força política está toda com o time do Morumbi.

Mas a decisão está nas mãos do São Paulo, que para viabilizar a reforma do estádio teria de abrir mão das receitas de camarotes VIPS e especiais e repassá-las à construtora parceira, a Camargo Corrêa.

Assim, o sonho tricolor de sediar a abertura da Copa de 2014 poderá se transformar em um pesadelo. Vejam como a Copa poderá prejudicar o São Paulo Futebol Clube:

* O São Paulo teria que pagar aluguel de um estádio enquanto ocorrem as obras no Morumbi;
* O São Paulo teria ainda que pagar o financiamento do BNDES, no valor de R$ 400 milhões;
* O São Paulo teria que pagar à construtora os R$ 230 milhões que faltariam para fechar a conta;
* Durante a Copa, os proprietários de cadeiras cativas e camarotes perderiam o direito de uso;
* Todos o custos de desinstalação e reinstalação dos camarotes serão arcados pelo clube;
* Caso haja um acordo com a Camargo Corrêa, o SPFC teria que transferir à construtora a administração de suas receitas;

Além disso, ter a abertura da Copa de 2014 não traria ao clube muito mais vantagens do que os ganhos de sediar jogos de oitavas de final. A única vantagem seria a de ter um estádio mais moderno.

Pesando prós e contras na próxima terça-feira (8/06) a diretoria do tricolor se reúne mais uma vez com os integrantes do comitê paulista para tomar uma decisão. Talvez surjam idéias como:

* Colocar dinheiro público nesta obra tão importante para a cidade;
* Buscar o patrocínio de uma empresa estatal, nos moldes da Arena da Baixada, em Curitiba;
* Aceitar todas as contrapartidas exigidas pela construtora e remunerá-la de outras formas;
* Desistir oficialmente da abertura e investir R$ 200 milhões com retorno em curtíssimo prazo por meio de patrocinadores;
* Pedir a Fifa que acelere a escolha da sede de abertura para que o São Paulo possa oferecer garantias a seus investidores;

Seja lá qual for a decisão de terça-feira, a grande questão para o São Paulo é: Vale a pena receber a abertura da Copa?

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