Cidade do Cabo – Como o esperado, torcedores britânicos deram demonstrações de estupidez gratuita na sua passagem pela Cidade do Cabo. Cerca de 20 mil deles compareceram ao estádio Green Point e outros 20 mil foram às ruas para acompanhar o jogo entre Inglaterra e Argélia, que começou às 20h30 (hora local) dessa sexta-feira (18/6). Antes, no entanto, quase todos passaram o dia bebendo cerveja. E, como sabem, beber é com eles mesmo. O problema é que, quando bêbados, muitos passam do limite. E foi o que ocorreu na primeira vez em que torcedores alemães e ingleses se encontraram em grande número na África do Sul.
Eles têm uma rivalidade perigosa, por causa da Segunda Guerra Mundial. Cerca de mil europeus das duas nacionalidades assistiram juntos, em grupos uniformizados, a partida entre Alemanha e Sérvia, na Fan Fest da Cidade do Cabo. Fan Fest é o espaço de lazer organizado pela Fifa para os fãs de futebol acompanharem as partidas por meio de telões. Tudo muito limpinho, bonitinho, mas nem sempre de acordo com os costumes do país, pois esse modelo é o mesmo do usado na Alemanha, e as coisas por aqui são bem diferentes. No entanto, esse é assunto para outro post. Voltemos aos ingleses e alemães.
O clima de aparente cordialidade entre os europeus foi quebrado quando um grupo de 10 britânicos comemorou a derrota dos rivais por 1 a 0 com trechos de músicas militares criadas para celebrar a vitória dos ingleses e aliados contra os nazistas. As canções fazem parte do filme The Dam Busters, de 1954, baseado em ataques aéreos de aviões britânicos que bombardearam os alemães durante o conflito. Confesso que ainda não assisti o longa, apesar de ser um apreciador do tema.
Contudo, alemães e ingleses conhecem bem essa história. A provocação dos britânicos, que já havia ocorrido durante a última Copa do Mundo, na Alemanha, em 2006, ontem foi rechaçada até por ingleses presentes na arena da Fifa. Dezenas de britânicos vaiaram os compatriotas e alguns foram tirar satisfações com eles. Muitos fizeram questão de abraçar alemães e até pintar a bandeira alemã no rosto.
Irritados e acompanhados de longe por policiais sul-africanos armados de cassetetes e balas de borracha, os provocadores deixaram a Fan Fest em direção a um pub do centro da Cidade do Cabo. Apenas um deles aceitou a falar comigo, após me identificar como jornalista brasileiro e mostrar a credencial da Fifa.
Sem dar o nome, deixando claro detestar jornalista e dando ordens para não ser fotografado, o homem de cabelo raspado, tatuagem da bandeira britânica no braço e cara de poucos amigos afirmou não ver problemas nas músicas militares relacionadas à Segunda Guerra Mundial.
O inglês disse ainda que os alemães não deveriam ficar ofendidos nem com medo deles. “Isso não é um ato ilegal. Estas músicas apenas exaltam a vitória da liberdade sobre o nazismo. Não entendo tanto policial ao nosso lado. Não somos hoolignas”, defendeu-se.
Eles têm uma rivalidade perigosa, por causa da Segunda Guerra Mundial. Cerca de mil europeus das duas nacionalidades assistiram juntos, em grupos uniformizados, a partida entre Alemanha e Sérvia, na Fan Fest da Cidade do Cabo. Fan Fest é o espaço de lazer organizado pela Fifa para os fãs de futebol acompanharem as partidas por meio de telões. Tudo muito limpinho, bonitinho, mas nem sempre de acordo com os costumes do país, pois esse modelo é o mesmo do usado na Alemanha, e as coisas por aqui são bem diferentes. No entanto, esse é assunto para outro post. Voltemos aos ingleses e alemães.
O clima de aparente cordialidade entre os europeus foi quebrado quando um grupo de 10 britânicos comemorou a derrota dos rivais por 1 a 0 com trechos de músicas militares criadas para celebrar a vitória dos ingleses e aliados contra os nazistas. As canções fazem parte do filme The Dam Busters, de 1954, baseado em ataques aéreos de aviões britânicos que bombardearam os alemães durante o conflito. Confesso que ainda não assisti o longa, apesar de ser um apreciador do tema.
Contudo, alemães e ingleses conhecem bem essa história. A provocação dos britânicos, que já havia ocorrido durante a última Copa do Mundo, na Alemanha, em 2006, ontem foi rechaçada até por ingleses presentes na arena da Fifa. Dezenas de britânicos vaiaram os compatriotas e alguns foram tirar satisfações com eles. Muitos fizeram questão de abraçar alemães e até pintar a bandeira alemã no rosto.
Irritados e acompanhados de longe por policiais sul-africanos armados de cassetetes e balas de borracha, os provocadores deixaram a Fan Fest em direção a um pub do centro da Cidade do Cabo. Apenas um deles aceitou a falar comigo, após me identificar como jornalista brasileiro e mostrar a credencial da Fifa.
Sem dar o nome, deixando claro detestar jornalista e dando ordens para não ser fotografado, o homem de cabelo raspado, tatuagem da bandeira britânica no braço e cara de poucos amigos afirmou não ver problemas nas músicas militares relacionadas à Segunda Guerra Mundial.
O inglês disse ainda que os alemães não deveriam ficar ofendidos nem com medo deles. “Isso não é um ato ilegal. Estas músicas apenas exaltam a vitória da liberdade sobre o nazismo. Não entendo tanto policial ao nosso lado. Não somos hoolignas”, defendeu-se.
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