Será que não é o contrário? Os jornalistas é que não se esquecem? Já expliquei o que ocorreu. O problema é que a imprensa é como boi que vai para o rio de piranhas e os outros vão atrás. O que eu falei foi apenas para um fotógrafo, não para as pessoas. Esse fotógrafo estava na minha frente, pedindo que eu fizesse pose. Era egoísta, queria a foto só para ele. Aí eu o xinguei.
Voltaria a comentar futebol na TV?
Voltaria, não tenho medo de desafios. Quando se é correto, não tem medo de nada. Claro que pode errar mesmo sendo correto. Mas quando erro vou e peço desculpas.
Quando o Brasil perdia para a Holanda, não acha que, se contasse com um Ronaldinho Gaúcho ou um Ganso, teria mais chances de reverter o placar?
Está bom, então. Se eu tivesse o Ronaldinho Gaúcho, tiraria quem?
Talvez o Gilberto Silva.
Como o Gilberto Silva? Tu estás louco. O Felipe Melo tinha sido expulso. Eu ficaria sem volante? Ainda tínhamos tempo para empatar.
Alguns jogadores estavam mal em seus clubes, como o Kleberson. Não acha que poderia ter convocado o Neymar e o Ganso, que tiveram seis meses muito bons?
Seis meses, não. Isso é matemática, não opinião.
Tiveram pelo menos quatro meses.
Não, foram menos de dois meses. Dezembro foi mês de férias, janeiro de treino e os campeonatos começaram em fevereiro. A convocação foi em março.
Não foi em março. Você convocou o time para a Copa em 11 de maio.
Não, eu considero março, mês do amistoso com a Irlanda (vitória por 2 a 0, em Londres). Por acaso você daria a capa de seu jornal para um repórter que acabou de sair da universidade? Todos falam que o resultado não é importante. A crítica é em cima do quê? Sempre do resultado. No Brasil, quando você ganha tem um pouco de razão. Quando perde… O interessante para todos é bater no treinador.
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