Port Elizabeth – Eles chegaram ao estádio duas antes do jogo. Até o início do segundo tempo, os quatro amigos paulistas desfilaram no entorno e dentro do Nelson Mandela Bay com a faixa que haviam preparado especialmente para o confronto do dia. Em letras garrafais e inglês, a provocação direcionada ao maior ídolo holandês da atualidade: “There´s only one Robben and it´s an island (Só existe um Robben, e é uma ilha).
A frase se referia à Robben Island, famosa pela prisão onde Nelson Mandela e outros líderes políticos negros passaram anos trancafiados por lutar contra o apartheid, regime criado pelos descendentes de holandeses que colonizaram e dominaram a África do Sul até 16 anos atrás, quando chegou ao fim o regime de segregação racial.
Os paulistanos, todos com 26 anos, já haviam se tornado conhecidos nas partidas do Brasil pelas provocações a outras estrelas mundiais. Para o jogo em que Brasil e Portugal empataram sem gols, por exemplo, eles levaram uma faixa dedicada a Cristiano Ronaldo. “Só existe um Ronaldo, o resto é Cristiano”, escreveram, lembrando o brasileiro Ronaldo Nazário, maior artilheiro das Copas.
Mas, desta vez, os jovens tiveram que esconder a faixa antes do fim da partida, pois Robben deu uma resposta à altura. Foi o homem do jogo que eliminou o Brasil nas quarta de final. “Acho que ele viu a nossa provocação e decidiu tudo o que não tinha jogado na Copa até agora”, comentou, sem graça, um dos quatro paulistanos, o administrador de empresas Renan Umbelino.
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