segunda-feira, 23 de agosto de 2010

O melhor jogo do campeonato


Bem, como há tempos não falo nem do meu próprio time e ontem, em meio a uma ressaca avassaladora, consegui ver atentamente a partida, deixo aqui minhas impressões sobre o jogo. Achei uma peleja muito boa, movimentada e cheia de alternâncias (para usar jargões e clichês), muito mais que no placar. Em dez minutos de jogo parecia que o Fluminense ia atropelar. O gol do Gum foi tão na marra que ele cabeceou e ele mesmo pegou o rebote. Logo depois, o Conca quase marcou outro numa jogada rápida.

Enquanto isso, Mariano engolia o velho e enganador Felipe (que de craque só tem o nome) na lateral-esquerda. A situação tava tão feia que, para não substituir o polêmico (ex) jogador, PC Gusmão deslocou-o pouco depois para o meio-de-campo - e, enfim, sacou-o no segundo tempo, depois de outras lambanças.

O Vasco, então, passou a dominar o jogo e Carlos Alberto - que, confesso, nunca achei craque e nem fora de série, em nenhuma de suas passagens pelo Fluminense ou mesmo pelo Corinthians - começou a mostrar a que veio. Não demorou para deixar o Éder Luis na cara do gol, num lance que desconcertou três jogadores do Fluminense. Belo gol do Vasco. Pouco depois, Cazalbé ainda errou um gol incrível na pequena área. Mas continou matando a pau.

No segundo tempo, o Fluzão partiu pro ataque, de novo, de forma bem ostensiva, e perdeu duas boas chances nos primeiros minutos. Washington tem muita vontade e parece dar certo com a camisa do Fluminense. Mas, para mim, ele é banco do Fred. O que não quer dizer que seja um grande problema para o Coração Valente, dado o frequente histórico de contusões do amigo do RMP e também o currículo vasto de cartões amarelos do Sheik Emerson.

Quando parecia ter se acertado em campo, em um lance de contra-ataque, Cazalbé meio que ganhou uma dividida com o Diguinho (que foi mal nesse lance, apesar de vir jogando bem) e, de novo, "deu um gol" para um companheiro seu. Desta vez, foi Fágner quem marcou.

Confesso que nessa hora achei que não ia dar mais. Mas é aí que vi que o time do Flu está realmente centrado - valeu, Muricy!!! A despeito de o gol de empate ter saído em dois erros seguidos de dois cabeças-de-bagre superestimados do Vasco (Felipe e Zé Roberto), o time seguiu jogando bem. Júlio Cesar, o autor do segundo gol, não tem nem de longe a mesma eficiência de Mariano. Mas arriscou com bons chutes e se mostrou presente na área até mesmo em momentos em que não se esperava isso dele.

Deco entrou num momento em que talvez nem fizesse muito sentido estrear, pois o jogo estava tão corrido e disputado que ele, ainda longe da forma física e ideal, poderia trazer mais prejuízos do que dividendos ao Fluzão. Mas nem um nem outro. Se não comprometeu na movimentação - pelo contrário, até deu uns bons dribles e criou espaços pelo meio, facilitando ainda mais as jogadas do time -, errou um gol incrível a alguns minutos do fim. Seria a consagração diante de 80 mil torcedores (triste por saber que este público não se repetirá mais no Brasileirão, a não ser que o Ceará siga nas cabeças por mais tempo) que tinham deixado o Maracanã ainda mais eletrizante. Para fechar o jogo das alternâncias, Carlos Alberto, no último lance da partida, quase marcou um golaço, depois de deixar para trás a defesa do Flu e tocar na saída do FH. Pra nossa sorte, não entrou.

O empate ficou de bom tamanho, afinal de contas, trata-se de um clássico (e não perdemos nenhum dos clássicos jogados no primeiro turno). Não me interessa fazer contas, diferença pro Corinthians, etc. Faltam 23 rodadas ainda. O negócio é acumular pontos e ir cumprindo etapas. Com 33, o Flu só se livra do rebaixamento com 48. Depois a gente parte para uma Sul-Americana e, quem sabe, uma Libertadores. O resto é especulação e mau agouro dos secadores de plantão.

2 comentários:

berna beat disse...

aposto em fluzao (campeao) e fogones (vice)

Paulinho Mesquita disse...

e vaiscão com uma vaga na libertas!