Vocês todos sabem, longe de ser segredo para alguém, o Sport Club Internacional se sagrou na última quarta-feira bicampeão da Copa Libertadores de América. Venceu heroicamente, de virada, o Chivas Guadalajara, time mexicano que deu um trabalho danado e tornou a conquista ainda mais bonita. Pois bem, pouco mais de um dia após a vitória, já devidamente recuperado da tensão insana provocada pelos pré e pós-jogo, dediquei a tarde para visitar pela primeira vez o recém-inaugurado Museu do Internacional, no Gigante da Beira-Rio.
O dia aprazível e ensolarado do inverno gaúcho me conduziram, pela terceira vez em quatro dias, ao local da mais recente conquista colorada. Acompanhado do amigo Juvenal, avancei as modernas catracas eletrônicas do complexo esportivo do alvirrubro gaúcho e adentrei a um dos museus mais completos do Brasil quando o assunto é a história de um clube brasileiro de futebol. Dediquei boa parte do passeio com a linha do tempo do futebol colorado a partir de 1909, data da fundação, e logo em seguida mergulhei em uma aula de história sobre o time.
O Colorado surgiu após a reunião de amigos e apaixonados por futebol, organizada em uma casa simples de Porto Alegre. O nome saiu de um famoso clube paulista do início do século passado. Os irmãos Poppe tinham deixado a capital paulista rumo ao Rio Grande e um deles havia jogado no tal clube. As cores saíram de um bloco de rua carnavalesco. O Inter quase se viu verde e branco, mas prevaleceram o branco e o vermelho dos Venezianos.
A visita se seguiu com vídeos de gols colorados, salas de trofeus e objetos dos mais importantes para a história de um grande clube. Por ali, conheci a história do Rolo Compressor dos anos 40, o saudoso Estádio dos Eucaliptos, a ousadia em torno de um aterro para a construção do Beira-Rio e um resumo do papel de cada ídolo do Sport Club Internacional. Nomes como Valdomiro, Dallegrave, Carlito, Bodinho, Falcão e tantos outros figuram por ali, além de, claro, jogadores essencias para as conquistas mais recentes do Inter. São elas: duas Libertadores (2006 e 2010) e um Mundial (2006).
Depois de mais de uma hora imerso nas glórias coloradas, é hora de se despedir. Mais uma vez diante da imponente fachada do Beira-Rio, lembro que há dois dias nós, torcedores colorados, comemoramos mais um título cobiçado por qualquer clube de respeito no continente americano. Ali, em pé na arquibancada superior, vi os jogadores vibrarem como crianças com três golaços feitos contra os mexicanos e o capitão Bolivar levantar a taça de campeão da Libertadores 2010. Obrigado, Colorado, por tamanha felicidade.
5 comentários:
Companheiro, muito bom! Muito bom mesmo. Me amarro nesses museus.
Só uma correção: embora eu acredite que o Inter tem tudo para vencer a Inter, o mundial de 2010 vocês ainda não tem. Mas, sim, o de 2006! Ato falho arrogante! haahhaah!
Abraços!
HAhahaha. Boa, Zethi. Devidamente arrumado. Abração!
Eu tô lendo a biografia do Charles Miller e falam muito do Internacional de São Paulo, que vocÊ citou no texto. Curioso. Naõ sabia que o Inter gaúcho - que resistiu bravamente ao tempo - era inspirado no homônimo paulista...
Excelente, companheiro. Volte logo para tomarmos umas!!!
Pergunta que não quer calar: os colorados têm gritado muito "Eu sou bi, eu sou bi!"
Alvirrubro, irmãos Poppe, Rolo Compressor, o branco e o vermelho dos Venezianos. É muita viadagem prum time só.
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