quinta-feira, 8 de maio de 2008

Poética

O ciclo se fechou.
Joel deixou o Fla exatamente na situação que o encontrou: na lama.
Ao contrário de outros vexames históricos, não sei o que houve, mas não estou tão abalado. Anestesiado, talvez. Conformado com um dos capítulos mais ridículos da história flamenguista.
Pagamos pela empáfia. Pagamos pelo salto alto. O texto do Mauro Cezar Pereira ilustrou exatamente o que ocorreu. Não há desculpas. Elevamos a conquista estadual como se houvéssemos bebido do Santo Graal, com exultações prolongadas por três dias, culminando numa apoteótica e patética celebração no Maracanã, onde esqueceu-se justamente o mais importante: era dia de jogo. Decisivo, por sinal. Não era dia de encenação nem de carimbar faixa. E deu no que deu. Como Muricy Ramalho bem disse, comentando a eliminação do Flamengo, "a bola pune".
Demos a vocês, nobres rivais e inquisidores do rubro-negro, munição suficiente para devolver todas as sacanagens por nós proferidas nos últimos meses. Com direito até a chororô do Bruno.
Enfim, sacaneiem mesmo. Merecemos as pedras atiradas. E não pensem vocês que as utilizaremos para erguer uma fortaleza, como diz o odioso chavão. Usaremos as pedras que atirarem em nós para apedrejarmos os jogadores e, principalmente, o Caio Júnior. A culpa é toda dele, pé-frio FDP.
O sonho acabou. Foi bonito, divertido, mas um mero placebo. E estamos de volta à realidade: debandada de jogadores, crise, má campanha no Brasileiro e Caio Júnior sendo escorraçado em breve. Para encerrar, que se fodam todos vocês.

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