quinta-feira, 5 de junho de 2008

A marra argentina nunca acaba

O Renato Gaúcho até tenta ser tão marrento quanto os hermanos, mas é difícil. Segundo matéria do globoesporte.com, o técnico do Boca, Carlos Ischia, declarou que seu time deu uma aula de futebol ontem no Maracanã e disse que o Fluminense contou com a sorte para eliminar tanto o São Paulo quanto os xeneizes. "Vamos ver se a sorte continua acompanhando o time deles", provocou o boludo, referindo-se à final contra a LDU.

Concordo que o Flu teve sorte ontem no segundo gol. Contra o São Paulo, não vi sorte. O gol da classificação foi aos 46 minutos do segundo tempo, no limite, mas não foi por sorte. E, de qualquer forma, no futebol, como em qualquer outro esporte, lances fortuitos às vezes são decisivos. Mas o Fluzão está na final por competência, por ter a melhor campanha, um bom time, e por fazer gols nas horas decisivas, não por sorte.

E dizer que o Boca deu uma aula de futebol ontem demonstra que esse Ischia não entende muito do riscado. O que aprendemos com os argentinos ontem: como perder gols, como deixar o time aberto a contra-ataques, como desperdiçar uma vantagem. O Boca dominou o jogo, sim, mas muito mais pelos espaços que o Flu deixou abertos do que por um futebol envolvente dos hermanos. O Riquelme, por exemplo, quase nada fez. Eles marcaram muito bem, mas o Flu também teve várias oportunidades, e teriam sido muitas mais se não fossem o nervosismo e os freqüentes passes errados.

Felipe estreou com o pé direito no Maraca em Libertadores. No dia 2 de julho, se tudo der certo, estarei lá nas arquibancadas com ele.

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A SporTV transmitiu o jogo ontem para todo o Brasil, e até mesmo a SKY de Brasília passou a partida. É claro!, diriam os desavisados. Mas na semana passada, a SKY fez o papelão de não transmitir o confronto em Buenos Aires, e quem tem NET ficou suando frio até quase o apito inicial, quando pararam de transmitir o jogo do Corinthians e chegou o sinal da partida do Fluzão. É a TV brasileira, com seus cartéis e contratos de exclusividade. E a gente ainda tem que agüentar propaganda dizendo que a Câmara quer acabar com a liberdade de o telespectador escolher o que quer ver na TV por causa da proposta de cotas para conteúdo nacional. Ah, vão catar coquinhos!

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