Tive o prazer de assistir in loco ao jogo de futebol mais importante da história recente do meu time na última quarta-feira. Por ter chegado "apenas" uma hora antes da peleja, fiquei na arquibancada, num lugar próximo ao destinado à torcida do Boca, que não parava de cantar o infernal "Da-le-ô". Ao contrário do que propagam os cegos que vêem nos xeneizes os torcedores mais incansáveis do mundo, porém, não vi tanta emoção ali. Pelo contrário, pareciam entediados, apesar dos "da-le-ôs" intermináveis.
Eles eram em, sei lá, 3 mil. Para evitar confusão, a PM proibiu as famigeradas blusas do Fla-Boca ou mesmo o pano de chão rubro-negro dentro do estádio. E aí os urubus acharam, cometeram a besteira de achar que seriam bem recebidos pelos "boqueros".
Tava tudo bem, no limite das provocações, até o intervalo do jogo. Foi então que, em meio aos cantos carregados de sotaque, surgiram alguns "terceira divisão" e outras pérolas fora de contexto ali. Vinham mais do lado de cima dos camisas-azuis, que, ao ouvir essa baderna gritada nitidamente por brasileiros, voltavam a berrar seus gritos de incentivo em espanhol. (NR: Vale lembrar que, em todo o estádio, qualquer manifestação boca-negrense foi imediatamente abafada pela nação tricolor).
Mas, ali, no lugar onde eu estava, em um determinado momento, os urros confundiram-se com vaias, apitos e um salseiro de grandes proporções se iniciou. A polícia chegou sentando o cacete em todo mundo de camisa azul, fosse torcedor do Boca ou os patéticos rubro-negros que perderam seu tempo para, em vão, secarem o Fluzão. Rolou bomba de gás lacrimogênio - e sim, eu fiquei com os olhos queimando por uns 10 minutos - e dispersão.
Juntar flamenguista e argentino no mesmo lugar não tem como dar certo. A polícia teria feito era um serviço ao futebol e à sociedade como um todo caso tivesse enquadrado toda a favelada hermana ali naquela hora. Ou melhor, devia ter deixado-os se espancarem a esmo. Bando de cuzão!!!
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