sexta-feira, 27 de junho de 2008

PC Vasconcelos

A ESPERANÇA TRICOLOR

Não vou garantir ao respeitável público que o Renato Gaúcho é um estrategista. Tenho um olhar diferente da maioria sobre os homens que dão expediente à beira do campo. Creio que o diferencia um do outro é um detalhe aqui e outro acolá. Peguemos, pois, o que está mais em evidência em um clube: Renato Gaúcho. Durante aqueles 45 minutos iniciais da partida do Fluminense contra a LDU, ele certamente teve vontade de entrar em campo. Poderia não ser para jogar, mas pelo menos para dar uns catiripapos nuns e passar uma descompostura em outros.

Tudo o que os equatorianos fizeram estava previsto e não foi por falta de aviso. Só que tivemos, naqueles primeiros 45 minutos, o quanto é limitado o poder dos técnicos, embora muita gente boa pense o contrário.

Terminado o jogo, o poder do técnico retorna e o do Renato Gaúcho apareceu na entrevista coletiva. Em poucas palavras, o Renato Gaúcho esgotou a discussão sobre o desempenho do time e foi logo adiante. Avisou que no Maracanã será diferente e deu o tom de confiança que todos necessitvam. Não confundam com fanfarronice e, sim, com confiança, palavra que o Renato Gaúcho adora tanto quanto um churrasco ou chimarrão.

Só resta ao Fluminense ter a confiança de que é possível mudar o rumo da prosa no maracanã. Há condições para tornar o sonho da Libertadores uma realidade, mas será necessário um jeito de atuar bem diferente do início da partida de quarta-feira. Tenho certeza de que o Renato Gaúcho fará o seu papel, mas é bom os jogadores saberem que ele não entra em campo.

Que maravilha a declaração do técnico da LDU após o jogo. Perguntado sobre o que achara da declaração de Tiago Neves, afirmando que o gol marcado por ele fora o gol do título, ele desafiou o coro dos contentes: "Está absolutamente certo. Ele joga no Fluminense e tem que pensar desta maneira". Se todos fossem iguais a você....

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