Quando publiquei o que se tornou a primeira parte de uma série sobre o arqueiro tricolor, tive a intenção tão somente de mostrar que ele tinha sido valorizado pela diretoria (que antecipou em quase um ano a renovação de seu contrato) e reconhecido pela torcida, após anos dividido entre ser "promessa" e a realidade. Nunca disse que FH era brilhante, apenas relatei os percalços e destaquei seus méritos, sobretudo na Libertadores.
Eis que nosso "herói", desde então, vem protagonizando episódios de comédia pastelão. Há menos de 10 dias, no gramado do Tigres, em Xerém, fez um pênalti infantil aos 30 da segunda etapa que permitiu dar início à épica reação do Duque de Caxias, que perdia por 2 x 0 e venceu por 3 x 2.
Anteontem, quando o Flu novamente ganhava (1 x 0), mas tomava sufoco, FH cometeu muito mais que um "pênalti infantil": deu um soco no saco do jogador do Americano. Absolutamente sem necessidade, ele já tinha cortado o cruzamento. Achou que o juiz não veria e ainda teve a cara de pau de perguntar pro câmera da SporTV se tinham captado a imagem da agressão. Era para ser expulso, o que aumentaria mais o drama tricolor, pois o René Simões já tinha queimado as três substituições.
O que fez depois - avançar pra dentro da área do Americano e sofrer o pênalti (sim, foi pênalti, volto ao assunto no próximo post) - foi um ato de desespero que acabou dando certo. Ridículo foi botar a mão no rosto no lance como se o chute tivesse sido lá. Ficar mostrando e beijando o escudo do Flu para a torcida no caminho de volta à meta. Dizer que Deus perdoou o seu erro.
René está certo em dar uma dura no FH. O que ele fez foi imperdoável. De castigo, fica de fora do jogo decisivo de amanhã contra o Tigres, suspenso. Bom pra ficar em casa pensando nas travessuras que fez. Quem comete atos infantis é criança. E com criança tem que se agir assim.
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