sábado, 20 de junho de 2009

muito mais que um professor

ainda a respeito de muricy ramalho, do são paulo futebol clube e da evidente são-paulinidade de muricy.
lendo o post de john pothead, me pus a pensar nalgo que já tinha pensado dia desses por conta do escândalo adriano e da fritura pública de cuca. os dirigentes do flamengo parecem achar que geninho e sergio guedes são nomes com envergadura para assumir a gávea neste momento delicado. acho kretino esse pensamento. mas, numa década cheia de momentos delicados como este, percebi como um treinador rubro-negro de verdade tem sido raridade.
os últimos treinadores do mais querido foram...
cuca, caio junior (uma aposta) e joel santana (tem folklore mas não é disso que eu trato aqui). antes, ney franco (uma aposta) e valdemar lemos (uma aposta), que herdou o time in crisis do oswaldo de oliveira. antes, nelsinho baptista e abel braga, que hoje até soam como excelentes nomes diante da ameaça chamada geninho. e antes deles, adivinhe quem era o tecnico... cuca.
antes de cuca, paulocésar gusmão, sob indicação do rubro-negro vandemburgo luxerley.
de modo que o último treinador realmente identificado com o flamengo a comandar aquilo lá foi mario jorge lobo zagalo, durante o já distante kampeonato brazileiro de 2001.
zagalo fez história no botafogo. começou a carreira de jogador profissional no américa do rio. mas foi flamengo por sete temporadas, incluindo o tricampeonato carioca (na época era carioca e não karioca) de 1953-1954-1955. depois foi mais uma vez campeão estadual pelo flamengo, como treinador, em 1968. na última passagem do velho lobo pela gávea, o time foi campeão estadual de 2001, fechando seu tri particular sobre o vaisco da gama.
confesso que não estou aqui escrevendo isto por ser admirador de zagalo como técnico, nem sou entusiasta de seu amor ufanista pela amarelinha e o eskambau. mas sei reconhecer de longe a figura de um vencedor, e respeito profundamente esse velhinho que ele se tornou.
dá uma saudade danada de olhar pro banco do flamengo e ver um zagalo, um carlinhos.

quando éramos reis: o garoto adriano e o velho lobo

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