domingo, 21 de junho de 2009

o sangue de um poeta

prendi a respiração quando obina deu um pulo no ar e matou a pelota em seu encefalotórax. a bola deu um leve repicar, enquanto obina dava um passo para trás e lançava todo o peso de seu corpo na ponta de seu pé direito. o movimento perfeito arrematado com o peito do pé imprimindo à pelota a força de um chute mortal. como se obina estivesse muito bem plantado no chão para dar um chute com tamanha força. mas obina estava no ar, estava em movimento, estava em plena cambalhota. mesmo assim o chute saiu forte, retilíneo e exato.
golaço de obina. uma bicicleta perfeita. gol que eto´o assinaria e colocaria no dvd. gol de pelé.
gol que o crápula bandeirinha anulou, riscou da história, riscou da vida de obina num inexistente impedimento. o crápula bandeirinha matou a pauladas, em seu nascedouro, a poesia do futebol.

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