Não sei se cabe ficar chorando de que Cuca "não é o técnico ideal neste momento caótico do Fluminense". Não que eu o considere solução pra nada, pelo contrário. Concordo que ele tem ar de derrotado e faz parte da viciosa ciranda de treinadores que contaminou o futebol carioca nos últimos, sei lá, 10 anos - embora antes tenha feito sucesso no Goiás e passado pelo São Paulo.
Está claro que Renato Gaúcho não tinha mais condições. Então nem adianta vir com o discurso de "o time tá mal, sempre sobra pro treinador" ou que "o Fluminense é o campeão da troca de técnicos". Claro que a culpa não é só dele, como já expus no post anterior, mas o desempenho do time foi pífio: 5 pontos em 10 jogos no Brasileirão, 16,66% de aproveitamento. Com o Parreira, também em 10 partidas, somamos 11 pontos (36,66%) - e ele foi mandado embora também. A mudança no comando era urgente e, sim, tinha que ser esta semana, pois se o tricolor ainda quer pelo menos tentar reagir, não pode esperar mais um jogo sequer.
A pergunta é: quem seria o melhor substituto? Quem seria o treinador capaz de praticar o milagre de somar 30 pontos (no mínimo) em 48 possíveis (64% de desempenho)? Alex Ferguson? Jose Mourinho? Luiz Felipe Scolari? Frank Rijkaard? Josep Guardiola? Muricy Ramalho? Wanderley Luxemburgo? Abel Braga? Os bons treinadores já estão empregados, aqui e lá fora. Os mais ou menos também, em sua maioria. E os que já têm emprego não vão trocá-lo, em sã consciência, por um rabo de foguete como este - como bem fizeram Ney Franco (Coritiba) e o PC Gusmão (Ceará).
O que sobrou então: o filósofo Renê Simões (de novo)? O intragável Leão? Um nome que me veio foi o de Carpeggiani, poderia até ser uma boa. Mas já era, vamos de Cuca mesmo. Se ele conseguir o milagre, pode comemorar como se fosse o segundo título da carreira de treinador. Se tiver desempenho de, digamos, 40% - somar uns 19 ou 20 pontos -, já terá sido melhor que os antecessores. Cuca tem missão absurda nas mãos e, se fracassar, não pode ser considerado culpado - isso, claro, se durar até o final do campeonato. Afinal, 16 jogos é muito tempo na vida de um técnico do Fluminense.
Sobre os reforços e a tabela que vem pela frente, fica para um próximo post (desculpe, Presidente, mas não tenho outro assunto a tratar neste blog a não ser sobre o meu time)...
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