Coritiba, 1985.
Um campeonato estranho. Primeiro, por ter o Coritiba como campeão. Segundo, pelo vice-campeão: o Bangu. Em terceiro lugar, pelo Brasil de Pelotas ter feito a semifinal com os cariocas. De corriqueiro mesmo só o fato de o Atlético Mineiro chegar entre os quatro e não levar o título.
A grande final foi disputada em apenas uma partida, um empate de 1x1 com gols de Lulinha pelos bicheiros e Índio pelos paranaenses. Nos pênaltis, um incrível 6x5, com Ado perdendo a bola do campeonato e consagrando o técnico Ênio Andrade (primeiro a ser campeão por três times distintos– Inter, Grêmio e Coxa).
Aliás, em tempos de Murici Ramalho e futebol medíocre, o Coxa tem a pior campanha da história de um campeão brasileiro. Em 29 jogos, venceu apenas 12, empatou 7 e perdeu 10. Só como efeito de comparação, o Bangu venceu 20 vezes.
Edmar, do Guarani, foi o artilheiro do campeonato com 20 gols. Anos mais tarde, ele viria defender o Corinthians, onde foi artilheiro e campeão paulista.
Além das estranhas semifinais, o campeonato talvez tenha tido os dez primeiros colocados mais improváveis da história. Ei-los:
1º Coritiba (PR)
2º Bangu (RJ)
3º Brasil (RS)
4º Atlético (MG)
5º Sport (PE)
6º Ponte Preta (SP)
7º Ceará (CE)
8º Joinville (SC)
9º Flamengo (RJ)
10º Internacional (RS)
Vejam a escalação dos dois times na grande final, disputada no Maracanã lotado por 91 mil pessoas, no dia 31 de julho de 1985. Destaques para o Lela – pai do Richarlyson e do Alecsandro – e para o folclórico goleiro Rafael, do qual me lembro muito bem dos álbuns de figurinha, por tantas e tantas repetidas que eu tinha.
Bangu: Gilmar; Márcio Nunes, Jair, Oliveira e Baby; Israel, Lulinha (Gílson) e Mário; Marinho, João Cláudio (Pingo) e Ado. Técnico: Moisés.
Coritiba: Rafael; André, Gomes, Heraldo e Dida; Almir (Vavá), Marildo (Marco Aurélio) e Tóbi; Lela, Índio e Édson. Técnico: Ênio Andrade.
A seguir, a reportagem do Globo Esporte sobre a final e a festa:
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