domingo, 13 de junho de 2010

África do Sul massacra a França


CIDADE DO CABO – A seleção da África do Sul não tomou conhecimento do time da França, na partida realizada ontem, na Cidade do Cabo. Após 80m minutos de partida, o time casa marcou 42 pontos contra 17 dos europeus, para loucura dos mais de 50 mil torcedores presentes no estádio. Não, o texto está correto, assim como o placar.

Mas não estou falando de futebol. No segundo dia da Copa do Mundo, a parte branca do país de Nelson Mandela parou para assistir um amistoso de rúgbi.

A partida entre a França e o Springbok – nome de uma espécie de antílope símbolo do time sul-africano de rúgbi – ocorreu no mesmo horário do jogo entre Coréia do Sul e Grécia, válido pelo Grupo B da Copa do Mundo e vencido pelos sul-coreanos por 2 a 0.

Assim como os milhares de fãs de futebol que se reuniram nos locais públicos onde havia telões, os fãs de rúgbi vestiram o uniforme das suas seleções e se encontraram horas antes do amistoso para beber e comer. A diferença é que só havia praticamente brancos no entorno do estádio de Newlands, templo mundial da modalidade, casa dos Stormers, principal time da Cidade do Cabo.

Homens e mulheres de cabelos loiros, olhos e peles claras também pintaram os rostos e colocaram apetrechos com as cores e símbolos das duas seleções de rúgbi. Muitos carregavam na cabeça capacetes com chifres iguais aos do springbok. No entanto, entre os mais de 50 mil torcedores, nenhum levava vuvuzela. Até porque o instrumento símbolo do futebol sul-africano é proibido nas arenas de rúgbi.

No fim, o futebol ainda levou a culpa pela derrota francesa. O técnico da equipe da França, Marc Lièvremont, alegou que sua equipe saiu de uma semana difícil por causa das distrações da Copa do Mundo na Cidade do Cabo. “Perdemos a concentração. Tivemos um mau começo da partida e não conseguimos nos recuperar”, afirmou o treinador.
Amistoso importante

O jogo de ontem faz parte dos test matches (partidas de teste), uma tradição no universo do rúgbi, em que as grandes seleções nacionais realizam duas séries anuais de amistosos. No meio do ano, normalmente em junho, as equipes do hemisfério norte viajam ao hemisfério sul. Já no final do ano, em outubro ou em novembro, as seleções do hemisfério sul viajam ao hemisfério norte.

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