CIDADE DO CABO - No aquecimento para a estreia da sua seleção na Copa, cerca de 40 imigrantes nigerianos fizeram de tudo. Eles cantaram, dançaram, rolaram no chão, fizeram acrobacias e até invocaram deuses do candomblé contra o time argentino. Tudo numa das mais movimentadas ruas do centro da Cidade do Cabo. Dançaram, pularam e gritaram contra um deles, com as vestimentas de um orixá.
A farra continuou nos 90 minutos de jogo, intervalo e após a partida, mesmo com a derrota por 1 a 0. Ao todo, os nigerianos eram mais de 500 na praça onde encontraram os brasileiros para torcer junto contra a Argentina. A grande quantidade de nigerianos é explicada pelo fenômeno da imigração.
Cerca de 250 mil nigerianos moram na África do Sul, segundo dados não-oficiais. Algumas estimativas, no entanto, colocam esse número em mais de 400 mil, muitos deles imigrantes ilegais vivendo na pobreza.
Estima-se que 10% dos 50 milhões de habitantes da África do Sul sejam estrangeiros – normalmente pessoas de países ainda mais pobres, atraídas pelo trabalho em minas, fazendas e casas, e pelo fato de o país ter uma das políticas mais liberais do mundo na recepção a imigrantes e refugiados.
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